Adriano Damásio Lopes ingressou na PMDF em 2003 e estava de férias com a família em Alagoas; sepultamento ocorreu neste sábado (18), com c...
Adriano Damásio Lopes ingressou na PMDF em 2003 e estava de férias com a
família em Alagoas; sepultamento ocorreu neste sábado (18), com chuva
de pétalas sobre o túmulo
Familiares e amigos se despediram,
neste sábado (18), do sargento da Polícia Militar do Distrito Federal
(PMDF) Adriano Damásio Lopes, 44, vítima de um incêndio ocorrido em um
hotel em Maceió (Alagoas). O corpo foi levado até o Cemitério de
Brazlândia em cortejo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
(CBMDF), por volta das 14h. O sepultamento ocorreu às 16h30, marcado por
uma chuva de pétalas sobre o túmulo, em homenagem feita pela aeronave
Fênix, do Batalhão de Operação Aviação (BAvOp).
Policiais,
autoridades, familiares e amigos de Adriano compareceram à despedida do
sargento | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Adriano Damásio Lopes faleceu na
madrugada da última quinta-feira (16) ao salvar vítimas de um incêndio
no hotel onde estava hospedado com a família, no bairro Pajuçara, da
capital alagoana. O militar estava de férias e, ao notar o incêndio,
iniciou os salvamentos antes da chegada do Corpo de Bombeiros do
estado.
A vice-governadora Celina Leão participou da homenagem: “Adriano foi um herói e morreu como herói”
Ele foi encontrado inconsciente em um
dos quartos; chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo chegou a
Brasília com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) em aeronave
da PMDF, que também prestou assistência aos familiares do militar.
Homenagem
“Adriano foi um herói e morreu como
herói”, declarou a vice-governadora, Celina Leão, durante o velório.
“Ele representa a nossa Polícia Militar, uma polícia realmente capaz de
promover o seu papel, independentemente de onde esteja. Nós viemos aqui
hoje prestar as últimas homenagens em nome do governo, do nosso
governador também. Todo suporte será dado à família neste momento, que é
de muita dor, muito difícil, mas nós temos que lembrá-lo, porque
[Adriano] foi um grande herói.”
Como reconhecimento pelo
profissionalismo, Adriano foi honrado com uma promoção post mortem e se
tornará primeiro-sargento da corporação. O militar ingressou em 2003 e
era lotado no Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran).
Leonardo
da Silva, sobrinho do policial: “Ele ter ficado para ajudar outras
pessoas traz um sentimento muito bom, muito confortante”
O major Marcos Henrique Gonçalves
trabalhava com Adriano há oito anos e afirmou que ele se destacava pelo
companheirismo e coragem. “Ele era uma pessoa excepcional, policial
exemplar, extremamente dedicado ao serviço”, ressaltou. “Volta e meia eu
brincava com ele que era final de semana, então a gente não tinha
horário, perturbava ele para saber determinadas situações do serviço –
mas ele, de pronto, me passava. Não apenas pela convivência como
superior a ele, como chefe imediato, mas como amigo, é uma perda grande
para todos”.
Legado
Sobrinho do policial, o estudante
Leonardo da Silva, 17, presenciou a bravura do tio em resgatar os
hóspedes do hotel. “Foi um ato heroico, porque ele amava muito a
profissão dele, gostava muito da família”, relatou. “Ele ter ficado para
ajudar outras pessoas traz um sentimento muito bom, muito confortante”.
Prima da esposa de Adriano, a
jornalista Bruna Fernandes, 26, agradeceu o apoio prestado pela
corporação. “Recebemos a notícia na quinta de manhã e, desde então,
estamos mobilizados para ajudar e dar o conforto necessário para a
filhinha dele de nove anos”, disse. “Sentimos gratidão por toda a
equipe, todo mundo que ajudou, desde a equipe do hotel até a equipe de
Brasília, do batalhão dele, que fez de tudo para que o corpo chegasse
aqui da melhor maneira. O Adriano sempre foi um cara superlegal,
simpático, alto-astral, tratava a gente superbem. Muito respeitoso,
sempre muito feliz, satisfeito com a profissão, então fica esse legado
heroico, que será levado para sempre”.
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