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Bombeiros do DF enviados para missão no Rio Tocantins são recebidos por familiares na volta para casa

  Oito militares partiram de Brasília no último dia 30 e ajudaram no resgate de vítimas da queda de uma ponte entre o Tocantins e o Maranhão...

 Oito militares partiram de Brasília no último dia 30 e ajudaram no resgate de vítimas da queda de uma ponte entre o Tocantins e o Maranhão


A alegria de voltar para casa, uma boa dose de cansaço, é claro, e uma imensa sensação de dever cumprido. Tudo isso esteve presente na tarde desta quinta-feira (9), no Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF), na Vila Planalto, durante a recepção aos oito militares enviados para ajudar no resgate das vítimas  da queda de uma ponte sobre o Rio Tocantins, entre os estados do Tocantins e do Maranhão.

Os oitos militares do DF enviados a Tocantins foram recebidos por familiares e colegas com emoção | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O grupo deixou o Distrito Federal no último dia 30, chegando ao local no dia seguinte. “A partir do momento que chegamos lá, a gente já começou a trabalhar, ajudou em diversos pontos, teve necessidade de ajudar na logística, na questão da reflutuação — foi feita a reflutuação de um carro quando a gente chegou. A gente também desempenhou funções de busca e resgate com o nosso equipamento de mergulho, junto com a Marinha, que chefiou toda essa operação. Eram mergulhos muito profundos e muito perigosos, no limite do que a gente conseguia desempenhar. Se tivesse um pouco mais profundo, ninguém poderia mergulhar ali. Fizemos o máximo para achar as vítimas e conseguimos lograr êxito em encontrar quase todas”, explicou o capitão Ramon Lauton, comandante da operação.

Na volta para casa, parte dos militares foi recepcionada por familiares. A comerciante Liliane Soares brincou que não queria que o filho fosse, mas que reconhecia a nobreza da missão. “Mãe não quer que o filho corra nenhum risco e lá tinha muito risco. A gente sabe que a missão não era muito fácil, mas graças a Deus eles conseguiram realizar. É muita saudade e muito agradecimento a Deus por tudo”, disse.

O filho dela é o terceiro-sargento Caio César Soares, que celebrou a recepção da família. “É uma sensação maravilhosa. A gente sai daqui sem saber quando vai voltar, como vai voltar, qual a situação da nossa saúde. E chegar aqui com saúde, com vitalidade e ser recebido pela minha esposa, minha mãe, meu sobrinhos, meus familiares é uma conquista muito grande.”

Wilson D’Asilar: “A gente tenta fazer o melhor possível, aplicar todo o nosso treinamento, toda a nossa formação para conseguir trazer um pouco de conforto, um pouco de alento para as famílias que precisavam naquele momento”

Outro aguardado pela mãe era o terceiro-sargento Wilson D’Asilar. “Não sei se o maior é a emoção ou o orgulho. É um misto de sentimentos muito grande”, apontou a aposentada Geralda de Souza. “Foi ela que me motivou a ser bombeiro, ela que deu todo o apoio quando eu precisei. E ela estar aqui com a gente voltando é muito bom, emociona de verdade”, emendou D’Asilar, que ainda exaltou a “sensação de dever cumprido”. “A gente tenta fazer o melhor possível, aplicar todo o nosso treinamento, toda a nossa formação para conseguir trazer um pouco de conforto, um pouco de alento para as famílias que precisavam naquele momento”.

Missão

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou na cidade de Estreito, no Maranhão, em 22 de dezembro. As causas do acidente são investigadas. No momento do fato, oito veículos passavam pela estrutura e caíram no Rio Tocantins. Com 533 metros de extensão, o elevado liga Estreito à cidade de Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226, além de integrar o corredor rodoviário Belém-Brasília.

A missão do CBMDF foi autorizada em 28 de dezembro pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, atendendo a um pedido do Corpo de Bombeiros do Maranhão. A equipe partiu de Brasília no dia 30 de dezembro e chegou ao estado do Maranhão por volta das 12h do dia seguinte.

Foram enviados oito militares mergulhadores, além de equipamentos, como um dispositivo capaz de reflutuar até 22 toneladas para auxiliar no resgate às vítimas e na remoção de veículos do rio. Dos 17 desaparecidos, 14 tiveram os corpos localizados e resgatados.

Com informação: Agência Brasília 

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