Parceria entre a DPDF e a Secretaria de Educação já percorreu Plano Piloto, Sobradinho, Riacho Fundo e São Sebastião O projeto Defensoria n...
Parceria entre a DPDF e a Secretaria de Educação já percorreu Plano Piloto, Sobradinho, Riacho Fundo e São Sebastião
O projeto Defensoria nas Escolas
impactou 6,4 mil estudantes, familiares, diretores e gestores da rede
pública em quatro edições. A parceria da Defensoria Pública do Distrito
Federal (DPDF) com a Secretaria de Educação Federal (SEEDF) contemplou
Plano Piloto – com mais de 2,5 mil pessoas atendidas –, Sobradinho – 1,6
mil –, Riacho Fundo – 960 – e São Sebastião – 479 cidadãos
contemplados.
Encontros
educativos fazem parte das ações do projeto, voltado à conscientização
sobre direitos do cidadão | Foto: Divulgação/DPDF
A iniciativa tem como intuito
simplificar o acesso à justiça, por meio da unidade móvel de atendimento
itinerante e encontros educativos ministrados por defensores públicos e
pela Subsecretaria de Atividade Psicossocial (Suap) promovidos pela
Escola de Assistência Jurídica (Easjur) em escolas públicas. O projeto
percorrerá diversas regiões administrativas promovendo o acesso à
Justiça e a educação em direitos à comunidade escolar.
“A relevância dessa atuação vai além
do simples repasse de informações jurídicas”, afirma o defensor
público-geral, Celestino Chupel. “Esse impacto não se limita às questões
individuais: ao fortalecer o entendimento coletivo sobre cidadania, o
projeto também contribui para a criação de um ambiente escolar mais
inclusivo, seguro e consciente.”
A secretária de Educação, Hélvia
Paranaguá, também comemora o sucesso do projeto: “A parceria com a
Defensoria Pública possibilita que nossos jovens estudantes compreendam
melhor seus direitos e como acessar os serviços oferecidos, promovendo o
diálogo e a cidadania dentro das escolas”.
Formação de cidadania
Chefe do Núcleo de Assistência
Jurídica Itinerante e coordenador do projeto, o defensor público Rodrigo
Duzsinski reforça: “A iniciativa proporciona atendimentos jurídicos
exclusivos, em que as famílias têm a oportunidade de esclarecer dúvidas
sobre questões que envolvem direitos fundamentais, como a regularização
de documentos, o reconhecimento de paternidade, a defesa de direitos de
crianças e adolescentes, além de questões familiares e de direitos
sociais”, valoriza.
Por sua vez, o diretor da Easjur,
Evenin Ávila, aponta: “A ação auxilia na formação de cidadãos mais
conscientes de seus direitos e da importância da Justiça na vida
cotidiana, além de incorporar a educação em direitos no cotidiano
escolar”.
O venezuelano Roddy Ramires, 17 anos,
esteve na edição do projeto no Riacho Fundo. Morador do DF há oito
meses, ele relata: “Sempre pensei que esses assuntos eram apenas para
adultos, mas os defensores públicos mostraram que nossos direitos
começam desde cedo. Eles falaram sobre a importância de conhecer a lei e
sobre como podemos buscar ajuda caso algo aconteça, como violência
doméstica ou até mesmo questões de saúde e educação. Senti que esse
encontro me deixou mais preparado para lidar com algumas situações
complicadas e me deu confiança para buscar apoio quando necessário”.
O projeto Lançado em abril deste ano no Centro
de Ensino Médio 1 (Centrão) de Planaltina, o projeto Defensoria nas
Escolas oferta diversos serviços, como assistência jurídica e
psicossocial. O intuito é explicar as principais portas de acesso à
DPDF, os serviços oferecidos e as tecnologias sociais inovadoras e
inclusivas implementadas para promover o desenvolvimento sustentável, a
resolução de problemas sociais e a melhoria da qualidade de vida,
transformando realidades.A iniciativa disponibiliza serviços
jurídicos, como pedido de fixação ou revisão de pensão alimentícia,
investigação de paternidade para reconhecimento e inclusão do nome do
pai na certidão de nascimento, reconhecimento de paternidade ou
maternidade socioafetiva, regulamentação de guarda e de visitas
parentais de filhos menores, ações de divórcio ou dissolução de união
estável registrada em cartório, reconhecimento e dissolução de união
estável não registrada em cartório, divisão de bens com o cônjuge ou
o(a) companheiro(a) e interdição de cidadãos que não têm condições de
exprimir a sua vontade e de compreender e praticar os atos da vida
civil.
Um dos objetivos do projeto é
contatar as famílias com crianças e adolescentes sem o registro de
paternidade na Certidão de Nascimento. A informação é rastreada a partir
das matrículas escolares e possibilita a busca ativa dessas mães para
oferecer o atendimento jurídico, inovando a atuação institucional que
ocorre tradicionalmente de forma espontânea, quando a população busca a
Defensoria.
Após a identificação das crianças
e adolescentes sem o registro do nome do pai na certidão, a DPDF
verifica a possibilidade de uma conciliação com o suposto pai da criança
ou do adolescente, para a realização do teste de DNA na unidade móvel
de atendimento itinerante, por meio do projeto Paternidade Responsável.
Além disso, há encontros educativos
de conscientização em direitos e apresentação da instituição às crianças
e aos adolescentes ministrados por defensores públicos e pela Suap.
Com informações da DPDF
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