O medicamento palivizumabe foi aplicado em 764 pacientes, um aumento de 22,4% em comparação com 2022. Tratamento é indicado para bebês de ...
O medicamento palivizumabe foi aplicado em 764 pacientes, um aumento de 22,4% em comparação com 2022. Tratamento é indicado para bebês de até 1 ano que nasceram prematuros e cardiopatas e pneumopatas de até 2 anos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) aumentou a aplicação do medicamento palivizumabe em 2023. Neste ano, 764 pacientes – bebês de até um ano que nasceram prematuros com até 31 semanas e crianças cardiopatas e pneumopatas de até 2 anos – receberam a proteção, um aumento de 22,4% em relação a 2022. A medicação é indicada para esse público no DF e protege de complicações respiratórias graves.
O remédio é um anticorpo monoclonal que previne doenças provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador de doenças respiratórias, como bronquiolites e pneumonias. A aplicação é sazonal, por isso, ocorreu de fevereiro a 31 de julho, período de maior circulação do vírus.
“É um ganho imenso para a saúde das crianças que têm indicação. Significa que a SES está conseguindo ampliar o acesso e, depois de uma década, temos uma ação consolidada”, avalia a médica pediatra e presidente do Comitê Central de Prevenção e Controle de Óbitos Materno Fetal e Infantil do DF, Miriam Oliveira dos Santos.
A imunização com palivizumabe começou em 2014 no DF e alcançou o maior patamar em 2023 – nesse período de 10 anos, o total de crianças imunizadas passou de 250 para 764. Ou seja, um crescimento de 205%. A especialista atribui o desempenho ao empenho de várias áreas técnicas.
Cada Região de Saúde do DF possui um local de referência para disponibilização do medicamento. Na Região Sul, o Hospital Regional do Gama (HRG) aplicou 321 doses. O enfermeiro e chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) da Região, Adriano Martins, explica que cada criança, com indicação médica, pode tomar até cinco doses. “O número total de doses por criança depende do mês de início das aplicações.”
No total, a Região Sul atendeu 166 crianças. Outras 173 receberam o palivizumabe na Região Central e 134, na Região Sudoeste. Houve ainda 105 pacientes atendidos na Região Norte, 102 foram medicados na Região Oeste, 51, na Região Leste, e 33 aplicações ocorreram na Região Centro-Sul. Os atendimentos somam a imunização dos polos ambulatoriais de referência e também nos hospitais, onde prematuros recebem doses.
Quem recebe o medicamento
O Ministério da Saúde indica o uso do palivizumabe para crianças menores de dois anos de idade portadoras de displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade), com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos e para crianças menores de um ano que nasceram prematuras, com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias.
No DF, a Secretaria de Saúde adota um critério ampliado para bebês nascidos prematuros. Crianças menores de seis meses de idade que nasceram prematuras com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias também recebem o medicamento na rede pública. O imunobiológico é considerado medicamento de alto custo, cada caixa custa em média R$ 5 mil.
Prevenção de doenças respiratórias
A Secretaria de Saúde tem implementado diversas ações para atender o público infantil no período de sazonalidade de doenças respiratórias. Um exemplo foi a criação do primeiro Plano de Enfrentamento para as Doenças Respiratórias da Infância, que avalia estratégias no enfrentamento das doenças respiratórias da infância.
Outra medida criada foi a rota rápida, disponibilizada em alguns hospitais da rede SES, objetivando maior celeridade nos atendimentos de pacientes pediátricos de média e baixa complexidades, classificados com pulseiras das cores verde ou amarela.
Neste ano, a campanha de vacinação contra a gripe (vírus Influenza) para o público infantil foi antecipada, motivada pelo aumento de doenças respiratórias. A vacinação evita os casos graves da doença, principalmente nas crianças menores de dois anos, grupo mais vulnerável.
Com informações da Secretaria de Saúde
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