O prédio terá sala de reunião, novo sistema de ar-condicionado, iluminação natural, piso de granitina, laje impermeabilizada, sistema elétrico trifásico, banheiros e copa de apoio aos servidores. Além disso, a sala de catalogação que abriga as espécies do cerrado possui climatizador e desumidificador, que retira a umidade do ar.
“Dada a importância desse espaço e do que ele significa para a ciência, educação e futuras gerações, era necessário construir um novo herbário, em uma espaço moderno, que pudesse comportar as coleções”, explica a diretora-executiva do JBB, Aline De Pieri. “Hoje temos 40 mil espécies catalogadas que estão armazenadas e podem receber visitantes. É um espaço aberto para a comunidade científica. É uma grande aquisição para o Governo do Distrito Federal, para continuarmos sendo um jardim botânico de classe A, o terceiro do Brasil.”
De acordo com a assessora técnica do projeto, a arquiteta Anne Karoline Del Corzo, em breve as instalações serão liberadas para uso. “Estamos nos acabamentos finais, colocando as esquadrias, janelas, vidros e instalações das louças”, detalha. “A estrutura conta com saída de emergência e acessibilidade em todos os espaços, com rampa de entrada, banheiro adaptado, barras de apoio para pessoas com deficiência e corredores amplos.”
Biblioteca do cerrado
Essencial para a preservação da biodiversidade do bioma, o Herbário do JBB mantém 40 mil plantas desidratadas que, colhidas durante expedições, formam uma coleção botânica destinada à pesquisa sobre a origem e classificação do cerrado.
“O nosso objetivo é preservar e manter as espécies em seu habitat natural”, resume a diretora de Vegetação e Flora do JBB, Priscila Rosa. “Sabemos que em muitos lugares não vai ser possível essa conservação, e pelo menos aqui temos essas plantas no acervo científico para estudo. Não somos o maior acervo, mas estamos procurando melhorar a qualidade de informações, o que privilegia toda a comunidade científica.”
De acordo com a diretora, o conjunto de espécies mantidas no herbário tem diferentes utilidades, como a produção de itens artesanais e medicinais e consumo de grãos, sementes, folhas, raízes, tubérculos e frutos.
“A pessoa que trabalha com remédio, cosméticos, com chá, se ela vai fazer uma pesquisa sobre alguma planta, precisa coletá-la e depositar em um herbário”, orienta Priscila. “Somos uma verdadeira biblioteca do cerrado. Produzimos pesquisas para várias pessoas e temos o nosso acervo aberto para estudantes universitários e pesquisadores.”
Com informação: Agência Brasília
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