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Assistência social em Ceilândia completa 50 anos de proteção de direitos

  Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da região administrativa realiza mais de 100 atendimentos diários em caso...

 Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da região administrativa realiza mais de 100 atendimentos diários em casos de violência, negligência, entre outros


Unidade responsável pelas regiões de Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) atende, atualmente, mais de 400 mil moradores. Neste ano, a estrutura chega aos 50 anos de atuação em prol da garantia e proteção de direitos.

Thalmy Nascimento reconstruiu sua história após atendimento no Creas: “Agora é buscar uma recolocação profissional e voltar a colocar minha vida nos eixos” | Foto: Divulgação/Sedes

Para celebrar a data, a equipe preparou uma festa junina com apoio de parceiros da rede social de Ceilândia, ex-servidores da unidade e aposentados. No decorrer do segundo semestre, haverá atividades de orientação e acompanhamento com as famílias exaltando a importância do Creas para a região.

A unidade já foi Centro de Desenvolvimento Social (CDS), mas, desde 2011, carrega a atual nomenclatura, com base na regulamentação por meio da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) 12.435/2011. “Os Creas são unidades onde buscamos garantir as seguranças sociais afiançadas pelo Suas [Sistema Único de Assistência Social], que dão a segurança de acolhida, renda, convívio ou vivência familiar, comunitária e social, de desenvolvimento da autonomia, e de apoio e auxílio”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

Atualmente, o centro conta com equipe de 40 pessoas, entre servidores, prestadores de serviços, comissionados e terceirizados. Até 100 atendimentos diários referentes a violação de direitos são prestados no local. A maioria dos casos é de mulheres vítimas de violência doméstica, idosos e crianças.

“Trabalhamos com o objetivo de fortalecer vínculos, autoestima, autonomia, protagonismo, participação e capacidade de proteção das famílias, indivíduos e comunidades”, enfatiza a gerente da unidade, a psicóloga Daniella Pimenta.

Histórias de superação

Em 2015, quatro jovens, então com 20, 18, 17 e 12 anos, começaram a ser acompanhados pelo Creas Ceilândia. Os irmãos eram filhos de uma pessoa que se encontrava em situação de rua e de drogadição. Mesmo após sucessivas internações e intervenções, a mulher decidiu voltar para as ruas. Os filhos, porém, foram inseridos na residência de outro familiar. Hoje em dia, todos estão bem encaminhados na área de educação e no mercado de trabalho. A mãe segue acompanhada por diversas políticas públicas de forma integrada.

Em 2019, mesmo com uma vida tranquila e organizada, Thalmy Thercio Nascimento, 45, acabou indo viver nas ruas após sucessivas perdas familiares. Em situação de alcoolismo, ele foi encontrado pela equipe de abordagem social da Sedes, encaminhado ao Centro Pop e a uma clínica de reabilitação. Após o tratamento, viveu alguns meses em uma casa de passagem da Sedes. 

Acompanhado pelo Creas Ceilândia, o piauiense, finalmente, conseguiu alugar a própria casa, e pretende alçar voos mais altos. “Agora é buscar uma recolocação profissional e voltar a colocar minha vida nos eixos”, conta. “Quero restabelecer o contato com minha filha; e, entre outras demandas, essa é uma em que o Creas segue me apoiando. Pretendo ir muito longe ainda”.

Entenda a diferença

O Cras é o Centro de Referência de Assistência Social, e o Creas é o Centro de Referência Especializado de Assistência Social.

Resumidamente, o primeiro é responsável pela prevenção de situações de vulnerabilidade social e risco nos territórios – pessoas que ainda podem evoluir da situação de vulnerabilidade por meio de programas, projetos, serviços e benefícios.

Já o segundo trata das consequências e acompanha as famílias e indivíduos que já tiveram seus direitos violados, vítimas de violência, negligência e afins.

Atualmente, o DF conta com 29 unidades do Cras e 13 do Creas espalhadas pelas regiões de maior vulnerabilidade social do DF.

Com informações da Sedes

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