Liderando o ranking da região com 7.687 toneladas, o aumento entre 2021 e 2022 chegou a 8,6% A goiaba é atualmente a fruta mais produzida...
Liderando o ranking da região com 7.687 toneladas, o aumento entre 2021 e 2022 chegou a 8,6%
A goiaba é atualmente a fruta mais produzida no Distrito Federal. Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 25,65% na área plantada e de 8,6% na produção da fruta. De acordo com o Relatório de Informações Agropecuárias da Emater, entre todas as outras frutas cultivadas na capital, a goiaba ocupa a maior área, com 353,72 hectares, onde foram produzidas 7.687 toneladas em 2022.
As cultivares produzidas são a paluma, a tailandesa, a cortibel e a pedro sato. A paluma é mais utilizada em doces e geleias por ter a casca fina e mais polpa. Todas elas são indicadas para consumo in natura. Em todo o Distrito Federal, 149 produtores atendidos pela Emater produzem a fruta.
Brazlândia e Alexandre Gusmão são as regiões que lideram o ranking de produção, com 98,06%, e de área plantada, 97,14%. Não é à toa que a Feira da Goiaba é realizada anualmente na região – este ano, o evento ocupará este fim de semana (desta sexta ao domingo) e o próximo (dias 10, 11 e 12), na Associação Rural e Cultural de Alexandre de Gusmão (Arcag).
Clima favorável
As estações climáticas bem-definidas e a altitude colocam o Distrito Federal em uma condição favorável à produção de frutíferas. “O aumento da produção de goiaba no DF, além desses fatores climáticos e da disposição dos produtores para o cultivo, também é fruto do trabalho de assistência técnica e extensão rural realizado pela Emater junto aos produtores”, pontua o presidente da Emater, Cleison Duval. “Nosso trabalho visa qualificar, aumentar a produção otimizando os custos e a realização de um manejo ambientalmente sustentável, gerar emprego, renda e desenvolvimento local”.
Em Brazlândia, Vanusca Marques de Andrade Correa e seu marido, Edson Pinto Correa, cultivam goiaba há mais de 27 anos, com apoio da Emater. Atualmente, eles possuem 3 hectares de área plantada, que produziu, em 2022, 1.500 caixas de goiaba tailandesa.
“A vantagem de produzir goiaba é que o tempo de produção é longo, vai de abril até agosto”, aponta Vanusca. “Nos últimos três anos houve um aumento da demanda, e tem sido um bom negócio. Vendemos nossa produção na Feira do Produtor de Ceilândia e, no ano passado, começamos e enviar para Anápolis.”
O cultivo
O extensionista da Emater Claudinei Machado Vieira afirma que uma das vantagens de investir na produção de goiaba é que a utilização da poda escalonada em talhões induz os pés a produzirem quase o ano todo, gerando renda ao produtor por um longo período. Outra vantagem é o emprego de pouca mão de obra pela facilidade do manejo.
“Basta procurar o nosso escritório em Brazlândia, que prestamos toda a assistência possível”, indica. “Além disso, orientamos ainda sobre o espaçamento entre as mudas, adubação, sistema de poda. Enfim, em todo o manejo a Emater está junto do produtor para que ele tenha a melhor produção com qualidade.”
O produtor rural Márcio Toshio Yamagata, relata que a safra de goiaba em 2022 foi bastante rentável. Na propriedade de 12 hectares, ele cultiva abacate e goiaba tailandesa, própria para consumo de mesa. “Aprendi a cultivar goiaba com meu pai, Yukio Yamagata, já falecido”, conta. “Na última safra, tivemos uma colheita de seis caixas por pé, totalizando 12 mil caixas. O preço foi muito promissor, e nossa produção vai quase toda para o Ceasa”.
Com informações da Emater
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