Doença é tema da campanha Março Lilás e pode ser prevenida por meio do exame Papanicolau e também pela imunização contra o HPV A rede públ...
Doença é tema da campanha Março Lilás e pode ser prevenida por meio do exame Papanicolau e também pela imunização contra o HPV
A rede pública de saúde do DF oferece exames preventivos e uma vacina contra um mal comum entre mulheres brasileiras: o câncer do colo do útero. A doença é tema de conscientização da campanha Março Lilás. A iniciativa tem como foco alertar para esse tipo de câncer, que deve ter 17 mil novos casos no Brasil entre 2023 e 2025, correspondendo a um risco estimado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Considerado silenciosa, a enfermidade é causada pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), chamados de oncogênicos. A vacina contra o HPV e o rastreamento pelo exame citopatológico, conhecido como Papanicolau, são os métodos de prevenção primária e secundária. Os dois estão disponíveis em unidades de saúde do Distrito Federal.
Vacinação
A vacinação é voltada para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Estima-se que a imunização vá ter um impacto populacional nos próximos 20 anos. “O grande poder biológico da vacina é em pessoas que não iniciaram a atividade sexual, porque as outras já podem ter sido expostas ao vírus. Esse é o grande objetivo da vacina”, observa o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde, Gustavo Ribas.
Já para as mulheres entre 25 e 64 anos, a principal forma de detecção precoce é por meio do exame citopatológico, em que são obtidas por raspagem do material do colo do útero para detectar alterações nas células.
O método é oferecido nas unidades básicas de saúde (UBSs). Em 2022, a rede pública fez 42,5 mil exames – número maior do que os registrados em 2021 e 2020, quando somaram 36.384 e 41.733, respectivamente.
Colposcopia
Caso alguma lesão seja identificada durante o exame preventivo, a paciente é encaminhada para a realização da colposcopia, responsável pelo diagnóstico do câncer por meio de um aparelho que se assemelha a um binóculo e examina o trato genital feminino.
“É um exame complementar em que procuramos com o aparelho e o uso de algumas substâncias, que, na maioria das vezes, são decorrentes da infecção por HPV”, explica a ginecologista do Ambulatório de Colposcopia e de Patologia do Trato Genital Inferior do Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), Fernanda Dalcolmo. “Temos condições de detectar essas alterações precocemente e não deixar que um dia se transformem no câncer do colo do útero”, acrescenta.
Em 2022, a Secretaria da Saúde realizou 499 colposcopias; em 2021, foram 796, e, em 2020, 850. Quando a doença está em fase mais invasiva, os sintomas mais comuns são sangramento vaginal anormal, secreção vaginal, dor durante a relação sexual e dor na região pélvica. Sinais como inchaço nas pernas, problemas ao urinar ou evacuar e sangue na urina também são indicativos na fase mais avançada. O tratamento é feito com cirurgia e radioterapia, a depender do caso.
A ginecologista reforça: “A melhor prevenção é o rastreio, fazendo o preventivo, porque, na maioria das vezes, as alterações do colo do útero não têm sintoma”, alerta a médica. “Quando [a mulher] passa a ter, já está em fase muito avançada”,
Com informação: Agência Brasília
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