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Prevenção e orientação reforçam luta contra os escorpiões

  Agentes da Vigilância Ambiental visitam residências e comércio em busca de focos do aracnídeo e dão orientações para evitar o risco de con...

  Agentes da Vigilância Ambiental visitam residências e comércio em busca de focos do aracnídeo e dão orientações para evitar o risco de contato

Nem familiares, nem amigos. O apartamento do eletricista Sérgio Ribeiro recebeu uma visita especial na manhã desta terça-feira (31). Morador do Núcleo Bandeirante, o homem de 56 anos abriu as portas de casa para uma equipe de agentes do núcleo regional da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival). O motivo: a presença de escorpiões em seu lar.

De diferentes tamanhos, os escorpiões costumam aparecer com mais frequência em época de chuva | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Já encontramos quase 30 desses bichos aqui, uns grandes, outros pequenos”, conta Sérgio. “Na época da chuva, eles aparecem com mais frequência – sobem pela tubulação do prédio até o telhado e entram pelas janelas. Todos os dias a gente afasta os móveis, limpa tudo, bate os sapatos no chão antes de colocá-los… Mesmo assim, minha mulher foi picada.”

Barreiras físicas

O eletricista achava que tomava todos os cuidados necessários para evitar o indesejado encontro com os escorpiões. Mas, depois de receber a visita da Dival, descobriu por que tem perdido a luta contra o animal peçonhento: os agentes detectaram possíveis pontos de entrada do aracnídeo na casa, como explica o biólogo da Dival Israel Moreira.

Na vistoria, são minuciosamente observados todos os locais que possam servir de esconderijo para o aracnídeo

“Encontramos uma janela sem tela e tomadas sem acabamento, com acesso à rede elétrica da casa”, relata. “Além disso, o morador mantém muitos objetos acumulados no apartamento, além de restos de material de construção. É o ambiente ideal para o escorpião, um animal de hábitos noturnos, se esconder durante o dia.”

Israel afirma que adotar barreiras físicas é uma boa forma de evitar a entrada de animais peçonhentos em casa. Vale colocar telas de proteção nas janelas e nos ralos, instalar rodo vedador nas portas e tapar frestas nas paredes. “Os escorpiões gostam de locais úmidos e escuros, por isso também é importante examinar calçados e toalhas antes de usá-los”, orienta.

Vistorias

Ao longo de 2022, a Dival recebeu 3.572 chamados por conta do animal peçonhento, em todo o Distrito Federal. No ano anterior, o número de atendimentos foi de 2.582. Os agentes fazem inspeções periódicas em locais já conhecidos pela grande incidência de escorpiões, mas a vistoria também pode ser motivada por um caso de acidente com o aracnídeo ou por denúncia de alguém que avistou o bicho.

“Ao encontrar um escorpião, é preciso eliminá-lo e ligar para a ouvidoria da Secretaria de Saúde pelo número 160”, recomenda Israel. “O atendente vai encaminhar o caso para a unidade de vigilância ambiental mais próxima, que marcará uma visita ao local. A inspeção serve tanto para detectar a presença de outros escorpiões quanto para orientar o morador em relação aos cuidados que devem ser tomados.”

Com informação: Agência Brasília

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