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Cine Brasília exibe mostra de filmes japoneses

  O Cine Brasília exibe, neste mês, a tradicional Mostra de Cinema Japonês. Entre esta quarta (18) e domingo (22), o público poderá assistir...

 O Cine Brasília exibe, neste mês, a tradicional Mostra de Cinema Japonês. Entre esta quarta (18) e domingo (22), o público poderá assistir a sete longas-metragens produzidos no Japão entre 2017 e 2020, inéditos no circuito comercial, pelo preço promocional de R$ 5 e gratuidade para determinados segmentos.

O filme Mochi abre a programação de quinta-feira (19) | Fotos: Divulgação

A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), juntamente com a Embaixada do Japão no Brasil e a Fundação Japão, e marca nova ação da organização da sociedade civil (OSC) Box Cultural, que faz a gestão compartilhada do cinema. Os filmes serão exibidos com áudio original em japonês e legendas em português.

A programação traz três sessões diárias, de quinta-feira a domingo, sempre às 15h30, 18h e 20h. Excepcionalmente na quarta, a mostra abre às 18h com Summer Blooms (2017), filme sobre uma ex-professora que, passados três anos da morte do namorado, reflete sobre um segredo de seu passado.

A exibição será seguida do debate com o tema “Nas Entrelinhas do Cinema Japonês”, conduzido pelo professor de língua e cultura japonesas Takashi Yamanishi e pela pesquisadora de história japonesa e professora Angélica Alencar. O objetivo é proporcionar ao público mais conhecimentos sobre a cultura japonesa a partir de elementos presentes no filme que abre a mostra.

 Porta de entrada

Takashi Yamanishi argumenta que o cinema japonês pode ser uma ótima porta de entrada para compreender melhor a cultura daquele país. “Existem diversas camadas que podemos dissecar do ponto de vista histórico, linguístico e cultural, a fim de que possamos compreender as singularidades do povo japonês”, afirma. Em relação ao longa Summer Blooms, ele aponta elementos característicos de uma poética nipônica, como o som das cigarras, sinos de vento e fogos de artifício, apresentando recortes das estações curiosamente familiares para o público da capital federal. 

O debate no dia da abertura vai permitir reflexões sobre a convivência no Japão entre tradição e contemporaneidade. “É uma característica marcante do país, mas isso não significa que ela ocorra de forma harmônica; existem atritos e dramas dentro desse processo de modernização, e algumas obras da mostra apontam essa realidade”, explica.  Aqui se encaixa, por exemplo, a ideia de triângulo amoroso entre jovens presente em E Seu Pássaro Pode Cantar (2018).

 Outra questão cultural apontada pelo professor está em Mochi (2020): “O filme encanta os espectadores com a beleza natural de uma pequena cidade ao norte do Japão e aborda, de forma documental, as dificuldades da manutenção da cultura regional, como a tradição do ‘mochi’, um bolinho de arroz japonês”.

Os filmes da mostra também propõem reflexões sobre diferentes fases da vida, como em Outro Mundo (2019), em que três amigos reveem suas trajetórias de vida a partir de um reencontro com o antigo grupo da juventude. A ideia de redenção aparece em Shabondama (2017), abordando a história de um criminoso que vê a vida transformada em uma pequena comunidade, e em Mar do Renascimento (2019), drama vivido por um homem que tenta recomeçar após sofrer perdas irreparáveis.

 Gratuidade 

Além do preço promocional de R$ 5 para o público em geral, o Cine Brasília ampliou a gratuidade na entrada para estudantes e professores de audiovisual do ensino público superior vinculados à Universidade Federal de Brasília (UnB) e ao Instituto Federal de Brasília (IFB), mediante apresentação de documento comprovando a condição. 

 Também têm entrada franca estudantes matriculados em cursos do programa Jovens de Expressão, a cujo cadastro a administração do cinema tem acesso. Voltado a pessoas de 18 a 29 anos de idade, esse programa busca reduzir a exposição à violência e é implementado em Ceilândia pela Central Única das Favelas (Cufa), e em Sobradinho II, pelo Grupo Cultural Azulim, proporcionando a esse público atividades de arte, cultura, comunicação e terapia comunitária.

Pessoas com deficiência (PcDs) também têm acesso gratuito à mostra. Basta apresentar laudo médico ou documento equivalente. Além disso, quando necessário, o benefício será estendido a um acompanhante. É permitida, ainda, a entrada de cão-guia.

 Sob a gestão da Box Cultural, o Cine Brasília aperfeiçoou a bilheteria. O preço normal das sessões é de R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira), com pagamento em dinheiro, cartão de débito, crédito e pix. Pela internet (para filmes da curadoria da Box, não incluindo o caso da Mostra de Cinema Japonês), é possível comprar pelo site ou aplicativo da plataforma ingresso.com. A meia-entrada é facultada a pessoas acima de 60 anos e demais estudantes e professores.

 Mostra de Cinema Japonês

De 18 a 22 deste mês, no Cine Brasília – EQS 106/107, Asa Sul.
Ingressos, disponíveis na bilheteria uma hora antes de cada sessão: R$ 5 para todo o público. Confira, abaixo, a programação.

 

“Summer Blooms”

→ Quarta (18)
18h  – Summer Blooms (2017, 14 anos)
20h – Debate: Nas Entrelinhas do Cinema Japonês, com Takashi Yamanishi e Angélica Alencar

→ Quinta (19)
15h30 – Mochi (2020, 10 anos)
18h – E Seu Pássaro Pode Cantar (2018, 14 anos)
20h – Outro Mundo (2019, 14 anos)

“Shabondama”

→ Sexta (20)
15h30 – Dizem que Nada Fica como Está (2019, 14 anos)
18h – Shabondama (2017, 14 anos)
20h – Mar do Renascimento (2019, 16 anos)

→ Sábado (21)
15h30 – E Seu Pássaro Pode Cantar (2018, 14 anos)
18h – Summer Blooms (2017, 14 anos)
20h – Shabondama (2017, 14 anos)

→ Domingo (22)
15h30 – Mochi (2020, 10 anos, 10 anos)
18h – Outro Mundo (2019, 14 anos)
20h – Dizem que Nada Fica como Está (2019, 14 anos)

 

Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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