A Polícia Civil do DF afirmou que todos os envolvidos já têm defesa, mas a Folha não conseguiu contato com os advogados. O adolescente de ...
A Polícia Civil do DF afirmou que todos os envolvidos já têm defesa, mas a Folha não conseguiu contato com os advogados.
O adolescente de 17 anos suspeito de participação na chacina que deixou dez pessoas da mesma família mortas em Paranoá, no Distrito Federal, foi apreendido na manhã deste sábado (28), de acordo com a Polícia Civil do DF.
Contra o adolescente, foi cumprido um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e Juventude do DF. Ele já tinha sido detido na terça-feira (24), quando prestou depoimento, e foi liberado por não estar em situação de flagrante. Na ocasião, a Delegacia da Criança e do Adolescente solicitou à Justiça a internação provisória do adolescente.
O adolescente está sendo ouvido e será encaminhado ao Núcleo de Atendimento Integrado
Os corpos da cabeleireira Elizamar da Silva, 39, e dos três filhos dela, um menino de 7 anos, e um casal de gêmeos de 6, foram encontrados carbonizados no dia 13 deste mês, em Cristalina (GO), dentro do carro da família. Eles foram as primeiras vítimas a aparecer.
Nos dias seguintes a essa versão, os corpos de Thiago e Marcos Antônio também foram encontrados. Com isso, a polícia concluiu que informação sobre os mandantes não era verdadeira e teve apenas a intenção de tumultuar as investigações ou atenuar a pena em caso de uma eventual condenação.
Dois dos presos eram funcionários e moravam numa chácara com Marcos Antônio, a esposa, Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior, 25, filha de ambos.
A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) informou nesta sexta-feira (27) que a chacina contra a família foi planejada e a execução durou quase um mês, desde o dia em que as primeiras vítimas foram sequestradas e levadas para um cativeiro.
"Cada vítima foi morta com padrão diferente de violência", afirmou o delegado Ricardo Viana, titular da 6ª Delegacia de Polícia do DF e responsável pelas investigações. Policiais de Goiás e de Minas Gerais auxiliaram no trabalho.
De acordo com Viana, o corpo de um dos mortos foi esquartejado. Outros foram incinerados, incluindo as seis vítimas encontradas em dois carros queimados localizados em rodovias no entorno de Brasília. Três corpos foram jogados em uma cisterna.
Os autores agiram motivados por questões financeiras, segundo as apurações. Tinham interesse no terreno cuja posse era reivindicada por uma das vítimas. Avaliado em R$ 2 milhões, o local é objeto de um processo judicial sobre a titularidade, segundo informou a Polícia Civil do DF.
Com informação: FOLHAPRESS
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