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Ibaneis Rocha, o primeiro brasiliense nato a governar o DF! Confira

 Ivan Moreno Foto: Renato Alves/Agência Brasília O Distrito Federal esperou 58 anos para ter no Palácio do Buriti um governador nascido em B...

 Ivan Moreno

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O Distrito Federal esperou 58 anos para ter no Palácio do Buriti um governador nascido em Brasília

Capital de todos os brasileiros, Brasília foi moldada pelas mais diferentes culturas e povos. Mistura que também ocorreu no ambiente político. Pelo Palácio do Buriti, já passaram governadores de quatro regiões do país e de oito estados brasileiros. A cidade teve que esperar 58 anos para ver o primeiro brasiliense de nascimento ser eleito governador do Distrito Federal.

Com raízes piauienses, Ibaneis Rocha nasceu no Hospital de Base do DF em 1971: um bebê genuinamente brasiliense | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Esse brasiliense nato é Ibaneis Rocha Barros Junior. Ele chegou ao “quadradinho” em 10 de julho de 1971. Como acontece com a maioria dos bebês genuinamente brasilienses, Ibaneis também nasceu num hospital da rede pública de saúde do DF, no caso, o Hospital de Base.

Assim como quase a maioria dos habitantes do DF, Ibaneis tem raízes nordestinas. A mãe, Maria Mercedes, e o pai, Ibaneis Rocha Barros, são piauienses. Vieram para Brasília em busca do sonho de um futuro melhor. Depois de um tempo na capital, retornaram à cidade de Correntes, no Piauí, levando com eles o pequeno Ibaneis.

O menino cresceu e, já adolescente, deixou Correntes, retornando a Brasília para continuar os estudos. Foi morar no Guará, onde fez o ensino médio no Colégio Projeção. Foi ali que ele começou a se identificar com uma carreira que abraçaria: a advocacia.

Em 1989, Ibaneis passou no vestibular para o curso de Direito do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), onde se formou em 1993. Depois, fez pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil. Continuou se aprimorando, fazendo mestrado em Gestão e Políticas Públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (Portugal).

Com esse currículo, Ibaneis foi se consolidando como advogado. Não demorou para que ele passasse a conquistar espaço político dentro da própria categoria. Assim, galgou importantes cargos na Ordem dos Advogados do Brasil no DF e Nacional. Foi conselheiro seccional e vice-presidente da OAB-DF. Depois, secretário-geral da Comissão Nacional de Prerrogativas do Conselho Federal da OAB. Em 2013, foi eleito presidente da OAB do DF, onde permaneceu até 2015. Posteriormente, foi diretor do Conselho Federal e corregedor-geral da OAB Nacional, fechando esse ciclo como conselheiro federal pela OAB/DF.

Ibaneis tem seu próprio escritório de advocacia. Mas dele se afastou para poder concorrer ao Palácio do Buriti. Governador eleito e reeleito, ele continua afastado do escritório e, temporariamente, suspendeu as chuteiras como advogado.

E por falar em chuteiras, a maior paixão de Ibaneis fora da advocacia e da política é o futebol. Gosta de ir a estádios torcer pelo seu time de coração, o Flamengo. Aliás, em se tratando de paixão futebolística, Ibaneis tem o mesmo comportamento da grande maioria dos brasilienses: torce por algum clube de outro estado. É o mesmo comportamento dos demais políticos que passaram pelo Palácio do Buriti, com uma diferença: todos vieram de outras regiões, só Ibaneis é autenticamente brasiliense roxo.

De Israel Pinheiro, natural de Caeté (MG), ao carioca Rodrigo Rollemberg, antecessor de Ibaneis Rocha, todos os chefes do Executivo pegaram as malas em algum momento da vida e se mudaram para o DF. A lista de ex-prefeitos e governadores da capital vai do Sul ao Nordeste e só não tem representantes da região Norte. Oito deles nasceram em Minas Gerais, seis no Rio de Janeiro, cinco em Goiás, três no Rio Grande do Sul, dois em São Paulo, um no Maranhão, um em Pernambuco e um na Bahia.

Confira a origem dos prefeitos e governadores do DF:

Israel Pinheiro da Silva, Caeté (MG)
Segismundo de Araújo Mello, Luziânia (GO)
Bayard Lucas de Lima, Bagé (RS)
Paulo de Tarso Santos, Araxá (MG)
Ângelo Dário Rizzi, Pedreira (SP)
José Sette Câmara Filho, Alfenas (MG)
Ivo de Magalhães, Rio de Janeiro (RJ)
Ivan de Sousa Mendes, Cordeiro (RJ)
Plínio Reis de Cantanhede Almeida, Rio de Janeiro (RJ)
Wadjô da Costa Gomide, Catalão (GO)
Hélio Prates da Silveira, São Gabriel (RS)
Elmo Serejo Farias, São Luís (MA)
Aimé Alcebíades Silveira Lamaison, Passo Fundo (RS)
José Ornellas de Souza Filho, Rio de Janeiro (RJ)
Ronaldo Costa Couto, Luz (MG)
José Aparecido de Oliveira, Conceição do Mato Dentro (MG)
Wanderley Vallim, Ituverava (SP)
Cristovam Buarque, Recife (PE)
Benedito Domingos, São Sebastião do Paraíso (MG)
Joaquim Domingos Roriz, Luziânia (GO)
Maria de Lourdes Abadia, Bela Vista (GO)
José Roberto Arruda, Itajubá (MG)
Paulo Octávio, Lavras (MG)
Wilson Lima, Ceres (GO)
Rogério Rosso, Rio de Janeiro (RJ)
Agnelo Queiroz, Itapetinga (BA)
Rodrigo Rollemberg, Rio de Janeiro (RJ)
Ibaneis Rocha, Brasília (DF)


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