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Gilberto Gil, que é cantor e compositor, é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

  ESCRITA POR ALCIMAR FARIAS DA SILVA Gilberto Gil foi eleito para a cadeira 20 na Academia Brasileira de Letras — Foto: Divulgação O cantor...

 

ESCRITA POR ALCIMAR FARIAS DA SILVA

Gilberto Gil foi eleito para a cadeira 20 na Academia Brasileira de Letras — Foto: Divulgação

O cantor e compositor Gilberto Gil foi eleito nesta quinta, 11, como novo imortal da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.

Gil foi eleito para a cadeira 20, com 21 votos e será a segunda pessoa preta a ocupar uma vaga na academia atualmente,

A eleição aconteceu sem a presença de Gilberto Gil, de 79 anos, que agradeceu assim que soube da notícia:

“Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, disse o artista em uma rede social.

A votação

Gil acompanhou a votação na casa de amigos em Ipanema, na Zona Sul do Rio, já que uma norma da ABL proíbe que candidatos participem da sessão.

Participaram da eleição 34 acadêmicos de forma presencial ou virtual — um não votou por motivo de saúde. Foram 4 votos em branco e 2 nulos.

”Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, declarou o presidente da ABL, acadêmico Marco Lucchesi.

O novo imortal

Gilberto Gil é cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical.

A obra dele se confunde com a própria música brasileira.

Entre 1998 e 2019, ele recebeu 9 prêmios Grammys, segundo a sua página oficial.

Em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz”, pela Unesco.

São dele os clássicos “Aquele Abraço”, “Vamos Fugir”, “A Novidade”, “Cálice”, “Esotérico”, “Divino Maravilhoso”.

São mais de 60 álbuns e quase 4 milhões de cópias vendidas.

Gilberto Gil também escreveu e publicou livros sozinho e em parceria com outros autores. Entre as obras estão “Gilberto bem Perto”, “Disposições Amoráveis” e “Cultura pela palavra: artigos, entrevistas e discursos dos ministros da cultura 2003-2010”.

Em 2001, Gil foi nomeado embaixador da ONU para agricultura e alimentação. Ele também foi ministro da Cultura do Brasil, entre 2003 e 2008, durante dois mandatos do ex-presidente Lula.

Assume no ano que vem

Gil deve assumir o posto em março de 2022, quando o órgão volta do recesso de fim de ano.

Antes, a cadeira 20 estava ocupada pelo acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em maio de 2020.

Há uma semana a atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, foi eleita por maioria absoluta à cadeira de número 17 da ABL.

ESCRITA POR ALCIMAR FARIAS DA SILVA 

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