Desse total, mais de 13 mil chamadas foram consideradas trotes, o que muitas vezes impede o contato de quem realmente precisa O Serviço de...
Desse total, mais de 13 mil chamadas foram consideradas trotes, o que muitas vezes impede o contato de quem realmente precisa
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) presta serviços pré-hospitalares em todo o Distrito Federal e é de grande importância dentro da rede pública de saúde. Somente nos últimos cinco anos, de 2016 até julho de 2021, foram realizados 4.267.225 atendimentos, acolhidos via Central 192. Desses, 1.247.462 foram em primeira regulação, quando o contato é feito com paciente ou solicitante.
De janeiro a agosto deste ano, a Central 192 do Samu recebeu 505.578 ligações – dessas, 183.539 foram encaminhadas para a mesa reguladora, que conta com médicos reguladores especializados em receber a ligação.
Um dado, porém, chama a atenção: desse total, 13.444 chamadas foram consideradas trotes pelo operador e outras 321 pelo próprio sistema que as rejeitou. “Infelizmente”, lamenta o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea. “O ideal é que não tenhamos nenhum registro de trote nos nossos relatórios, porque isso gera demanda reprimida”, diz.
“Enquanto um dos nossos teleatendentes recebe uma chamada de trote, existe uma pessoa com uma ocorrência verdadeira sem conseguir contato conosco”, explica Victor Arimatea, acrescentando que atualmente o Samu está distribuído em 22 bases descentralizadas, cobrindo todo o DF.
Dos diagnósticos confirmados pelas ligações nos oito primeiros meses do ano, 26.863 foram considerados casos clínicos; 7.530, casos traumáticos; 4.610, casos psiquiátricos; 1.427, obstétricos; e 403, casos pediátricos.
Também ocorreu o total de 19.645 demandas reprimidas de janeiro a agosto deste ano, casos em que intervenções eram necessárias, mas não havia meios para isso.
No mesmo período, ocorreram 24.366 remoções para hospitais públicos, privados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de todo o DF. Desse número, o total é de 22.653 para unidades públicas de saúde. Também foram registrados 42.011 atendimentos primários nos oito primeiros meses de 2021.
Para Arimatea, a única forma de agir e de gerir é por dados, estudar a demanda conforme perfil estatístico, aprimorando cada vez mais o trabalho prestado à população.
Somente nos oito primeiros meses do ano, o Samu registrou um total de 26.861 diagnósticos clínicos comprovados. Os maiores números de casos registrados foram os seguintes: em primeiro lugar, infecção por covid-19; crise convulsiva, dispneia, desmaio, doenças neurológicas, doenças cardíacas, dor abdominal, acidente vascular cerebral (AVC), parada cardiorrespiratória e hipoglicemia. Somente esses 10 diagnósticos clínicos totalizaram 17.796 casos.
Ao todo, de janeiro a agosto de 2021, o Samu registrou o total de 6.481 diagnósticos traumáticos comprovados. Os 10 principais casos registrados foram queda da própria altura, queda por altura, colisão carro x moto, agressão física, trauma cranioencefálico, queda de moto, perfuração por arma branca, ferimento corto-contuso, atropelamento por carro e colisão carro x carro. Esses principais diagnósticos traumáticos registrados totalizaram 4.901 ocorrências.
Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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